quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O que é música boa?

Outro dia estava almoçando com meu sogro que é uma pessoa muito culta e inteligente, quando em dado momento surgiu um assunto sobre a música popular brasileira. Vale lembrar que no meu primeiro e último artigo tratávamos da questão da mania de classificar as coisas aqui na terrinha. Não obstante a isso, peço licença aos meu amigos e leitores pra fazer uma pequena classificação na MPB atual, visto que vocês podem não entender a questão. Vou classificar a nossa música em duas grandes partes distintas: a música pop ( comercial e multimídia ) e a música popular brasileira ( cultural, rica em melodia, letra e arranjo e valentemente vendida de mão em mão ). Pois muito bem, quando participei da Conexão Telemig Celular em 2006, estiveram presentes na reunião Toninho Horta, flávio Henrique de Belo Horizonte dentre outros, que na ocasião relatavam que atualmente 75% das músicas produzidas no Brasil são de artístas independentes e 25% de artístas contratados por empresas do ramo, mas, contudo, entretanto, todavia, infelizmente, apenas 10% do trabalho independente é veiculado em algum meio de comunicação( rádio e televisão ) consequentemente 90% do que é veiculado vem dos 25% de artístas contratados por grandes gravadoras.Onde quero chegar com este assunto?Voltando no bate-papo com meu sogro, analisávamos na ocasião que a música pop ( comercial ) que vem dos Estados Unidos, Inglaterra e Europa são melhores que a nossa música popular brasileira ( a chamada música boa ) colocando a nossa música pop num patamar ridículo, pra ser bonzinho com a nossa música pop. Já ouvi nosso querido Zé Rodrix dizer uma vez que a música não é um bem de consumo, então quem há de subsidiá-la? Foi-se o tempo em que se fazia música pra festinha de aniversário e pra boi dormir!!! Sim, porque eu preciso da minha música e do meu talento pra sobreviver, adquirir cultura, pra poder ter "uma casa no campo onde eu possa compor muitos rock's rurais". Eis a questão: qual seria o tamanho ideal desta casa no campo, o tamanho do campo, a potencia do meu carro de boi, a qualidade e quantidade da minha colheita pra encher minhas burras de alimento e etc??? Não devemos esquecer que nem eu, o Zé Rodrix, o João Ninguem, o Zé Esquecido, o Pedrinho boca de cantor e etc, estamos dispostos a doar os frutos de nosso trabalho por um mero e total amor à arte. OXALÁ pudéssemos um dia ter este gosto e privilégio!!!! Portanto vamos todos nós artistas brasileiros ( POP ) reavaliarmos nossa escala de valores deixando um pouquinho de lado a nossa vontade ( vaidade ) de aparecer lá no Domingão do Feião e vamos deixar que nosso bom senso musical, espiritual, intelectual e quantos mais "al" couber nesta frase cresça em proporção aos nossos bolsos.Fica aí um assuntinho pra refletirmos!

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