quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

As dores do mundo

Eu sinto as dores
Dos trilhos
Órfão casal
Sem o carinho do trem

Eu sinto as dores
Do sertão
Chuva torrente
Luar? Platinar a quem?

Eu sinto as dores
Do parto
Calor da alma
Seus chutes também

Eu sinto as dores
dos meus amores
Castos pastores
Sem teus olhos decolores

Eu sinto as dores
Das flores
Que florescem teus lábios
Mas choram o campo

Eu sinto as dores
Das palavras
Presas nos olhos
Se afogando no sal

Eu sinto as dores
Dos braços
Pontes eternas
Entre a alma e o corpo

Eu sinto as dores
Dos meus pés
Seguindo os sapatos
Que seguem tua voz

Eu sinto as dores
De cães doentes
Que comem capim
E não sabem falar

Eu sinto as dores
Dos meus tremores
Sem os cobertores
Dos teus amores

Eu sinto as dores
Da inocência tua
Que olha adiante
E só vê uma sombra

Eu sinto as dores
Da pressa tua
Que olha atrás
E não vê a minha.

Copyright.


Agora

É pra hoje, não é para amanhã
Por que adiar o sabor da maçã?
Parece loucura, fruto de mente sã
Dividir esse sabor urgente
Se tudo isso não foi o bastante
Se a sinceridade não foi gestante
Dos sentimentos vividos até esse instante
Da cumplicidade doce de futuras auroras
É hora de acordar e recomeçar
Não deixar o teu silencio calar
A voz que só quis celebrar
O amor que você não viu, nos seus olhos gritar.

Copyright.


O que é música boa?

Outro dia estava almoçando com meu sogro que é uma pessoa muito culta e inteligente, quando em dado momento surgiu um assunto sobre a música popular brasileira. Vale lembrar que no meu primeiro e último artigo tratávamos da questão da mania de classificar as coisas aqui na terrinha. Não obstante a isso, peço licença aos meu amigos e leitores pra fazer uma pequena classificação na MPB atual, visto que vocês podem não entender a questão. Vou classificar a nossa música em duas grandes partes distintas: a música pop ( comercial e multimídia ) e a música popular brasileira ( cultural, rica em melodia, letra e arranjo e valentemente vendida de mão em mão ). Pois muito bem, quando participei da Conexão Telemig Celular em 2006, estiveram presentes na reunião Toninho Horta, flávio Henrique de Belo Horizonte dentre outros, que na ocasião relatavam que atualmente 75% das músicas produzidas no Brasil são de artístas independentes e 25% de artístas contratados por empresas do ramo, mas, contudo, entretanto, todavia, infelizmente, apenas 10% do trabalho independente é veiculado em algum meio de comunicação( rádio e televisão ) consequentemente 90% do que é veiculado vem dos 25% de artístas contratados por grandes gravadoras.Onde quero chegar com este assunto?Voltando no bate-papo com meu sogro, analisávamos na ocasião que a música pop ( comercial ) que vem dos Estados Unidos, Inglaterra e Europa são melhores que a nossa música popular brasileira ( a chamada música boa ) colocando a nossa música pop num patamar ridículo, pra ser bonzinho com a nossa música pop. Já ouvi nosso querido Zé Rodrix dizer uma vez que a música não é um bem de consumo, então quem há de subsidiá-la? Foi-se o tempo em que se fazia música pra festinha de aniversário e pra boi dormir!!! Sim, porque eu preciso da minha música e do meu talento pra sobreviver, adquirir cultura, pra poder ter "uma casa no campo onde eu possa compor muitos rock's rurais". Eis a questão: qual seria o tamanho ideal desta casa no campo, o tamanho do campo, a potencia do meu carro de boi, a qualidade e quantidade da minha colheita pra encher minhas burras de alimento e etc??? Não devemos esquecer que nem eu, o Zé Rodrix, o João Ninguem, o Zé Esquecido, o Pedrinho boca de cantor e etc, estamos dispostos a doar os frutos de nosso trabalho por um mero e total amor à arte. OXALÁ pudéssemos um dia ter este gosto e privilégio!!!! Portanto vamos todos nós artistas brasileiros ( POP ) reavaliarmos nossa escala de valores deixando um pouquinho de lado a nossa vontade ( vaidade ) de aparecer lá no Domingão do Feião e vamos deixar que nosso bom senso musical, espiritual, intelectual e quantos mais "al" couber nesta frase cresça em proporção aos nossos bolsos.Fica aí um assuntinho pra refletirmos!

Mulher


Mulher, as palavras não vêm fáceis.
Quando é necessário explicar você.
No principio você foi enganada
Mas este engano gerou uma família
Ao longo dos tempos tão longínquos
Você foi escrava, negada, escondida.
Na clausura sempre rezou pelos homens
Para que eles aprendessem a ser irmãos
E homens à luz Daquele que tudo fez
Em tempos modernos trabalhando e sendo mãe
Na hora da sesta um macarrão, uma mamadeira.
Descanso só depois que todos dormem
Alegria só depois que todos riem
Tristeza só quando um dos seus vai primeiro
Um erro, quando alguém ameaça sua humanidade cansada.
Mas mesmo na dor e no cansaço
Sua feminilidade transcendida em amor
É o primeiro passo para aprendermos a ser homens.
Mulher, precisamos aprender com você,
A felicidade que rola em suas lágrimas
Mulher, precisamos aprender com você,
A doçura e a paz que rola no suor de seu rosto.

Copyright.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Labor

Vai, segue teu caminho
Singra teus mares
Administra teus ventos
Escreve tua história
Não segue teus sapatos
Seja a história que escrever
Tua sombra e tua luz
Tua lágrima e teu sorriso
Seja a continuação da luz
Que um dia herdamos
Do amor que diviniza
o labor de teus braços
Da fé que humaniza
O calor do teu coração
Aprende com teus erros
Ensina teus acertos
Divide teu pão
E multiplique teu suor
Pra ser digno do "defeito"
De ser homem pelo que és
E durma em paz
Sabendo que estarei
Sempre presente
Onde tua voz estiver.

Copyright.
Luiz Mello

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

The voice Brasil

Os "profissionais da música" no Brasil, ou perderam o discernimento ou estão passando fome. As críticas ao vencedor do The Voice, são uma maldade ( eu diria que no mínimo isso ). Eu me sinto envergonhado e muito desgostoso por causa dessas pessoas más. Vejam a matéria desse infeliz que se auto intitula musico, e meu comentário a respeito da matéria, caso você não o veja é pq ele não aceitou meu comentário, então eu deixo transcrito aqui:"Minha opinião endereçada ao sr Kiko Nogueira autor dessa matéria: Não gosto do estilo " Whitney", não assisto a esse programa, mas, me pergunto uma coisa: O que tem a ver o "caráter" ou a imagem da arte e da cultura ( e também do artista ) com o modo de se cantar ou de se vestir? Veja bem, estou falando de arte e cultura, não estou falando de entretenimento, aliás a única coisa questionável nisso tudo é o legado paralelo e subliminar, onde a emissora lucra com um entretenimento travestido de competição. Considero também irreal o fato de se dizer que a mídia fabrica arte e cultura, a arte sai do seio do povo, toma sua trajetória ascendente ( com objetivos comerciais ou não ) e volta para o povo. Se auto intitular artista implica na consciência de que o objetivo da musica (arte) é transformar (melhorar) a visão e discernimento da vida e suas realidades, para que esse próprio artista possa cumprir a missão maior de transformar a vida das pessoas pra melhor com seu dom, o que infelizmente eu não pude constatar nessa matéria dado ao alto grau de maldade, soberba, preconceito e segmentarismo das suas palavras. Se a essa altura da vida e do alto de seu currículo a música ainda não te transformou, é melhor mudar de profissão. Sem amor somos só um sino que toca. Respeitosamente. Luiz Mello"
P.S.: Não sou a favor do virtuosismo, virtuoso deve ser nosso coração, caráter e atitudes, mas, cada tipo de semente tem o seu tipo de fruto.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/sindrome-de-whitney-houston-o-virtuosismo-vocal-esteril-e-o-legado-do-the-voice-a-musica-brasileira/

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Malu Oliveira

        Essa é minha amiga Malu Oliveira







Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer, eu que passei por quatro deles e uma recidiva, não posso deixar de compartilhar com vocês esta etapa de superação, que vivi.
Aos 28 anos, descobri um câncer de mama. Pensei que fosse desistir da vida, mas isso só me impulsionou para “correr” atrás dela.
Lutei, esbravejei e venci!
Quando pensei que estava curada, fui surpreendida com uma recidiva na mesma mama.
Lutei, esbravejei e venci!
Depois comecei a ter fortes dores no abdômen e lá estava mais um diagnóstico de câncer, desta vez no reto.
Lutei, esbravejei e venci!
Logo depois de terminar o tratamento do câncer no reto, fui surpreendida, por um novo desafio: linfoma.
Confesso que o linfoma foi o mais difícil de ser vencido. Pensei que fosse desistir, mas se não fosse a minha fé, não estaria aqui para relatar este depoimento.
Lutei, esbravejei e venci!
Passaram alguns anos, eu não lembrava mais como era o tratamento do câncer( como se isto fosse possível), ganhei um novo aprendizado no duodeno.
Lutei, esbravejei e venci!
Hoje relato a minha história com lágrimas escorrendo pela minha face. Não foi fácil, mas nunca desisti de mim, da vida e nem da minha fé.
Foi um grande aprendizado e posso dizer a vocês que sou muito grata por tudo que passei.
Sei que hoje sou uma pessoa melhor: mais paciente mais tolerante e com muita “sede” de vida.
Abraços!
Malu Oliveira